quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Deixar ir ***

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de aca
bar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."


Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'



sábado, 17 de agosto de 2013

Praia*


E era esta a minha visão ás sete e meia da tarde, ao final de uma tarde inteirinha de praia! :) Já a Lua vinha a chegar...
Ok confesso, sinto-me privilegiada por poder ter esta vista todos os dias, de quase qualquer ponto da ilha...
Sem dúvida que as paisagens são o que os Açores têm de melhor! ;) A quem nunca teve oportunidade de cá vir, recomendo vivamente! Serão umas execelentes férias :)
 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Saudade*



Tenho saudades disto... Saudades de acordar ao lado dele, de adormecer olhando para ele... Ultimamente sinto-me assim... Hoje sei que nunca daria certo, e aceito,... Tenho de querer o melhor para mim, alguém que esteja do meu lado nos bons e nos maus momentos, alguém que goste das minhas qualidades e principalmente aceite os meus defeitos, que goste da minha companhia, que me trate com todo o respeito e carinho, que me dê o amor que mereço, que seja o meu melhor amigo, alguém que desperte em mim o melhor que posso ser,...Hoje sei que não tive isso dele... Mas a saudade dos bons momentos permanecerá ainda por muito tempo...
A Vida continua...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Feriado*


:) É aproveitar porque tão cedo não teremos outro, se a memória não me falha...
O que vale é que hoje o Sol anda por cá! :)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Chefes!


Conhecem este filme?? Pois bem, acho que se anda a tornar no filme da minha vida!...
Mas porque será que os Chefes têm de existir??...Irritam-nos constantemente!... Os meus pelo menos... Imaginem o que é, acordarem pela manhã e já saberem que mal sentarem o rabinho na secretrária, um deles vai lá entrar todos os dias a fazer a mesma pergunta : - " Então?Já está feito?" E não só pela manhã, como também após o almoço!...TODOS OS DIAS!!!!
Um trabalho que demorará pelo menos 2 a 3 semanas!! Ninguém merece....


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

***



Acho que fui talhada apenas para este tipo de relacionamento... Pois que seja... No final do dia acaba por ser ele o mais importante***